CAMPO
DE GÁS DA BACIA DO ROVUMA EM MOÇAMBIQUE ENFRENTA CARÊNCIA DE INVESTIMENTO
Autoridades
indianas
Por: Ajoy K Das, Correspondente
07 de Junho de 2016
O site de notícias da Ajoy K Das, a dizer que Projecto da Área de 1 de Gás do Rovuma em Moçambique, onde as empresas estatais petrolíferas e de gás da Índia detêm uma participação de 30%, foi afectado pela escassez de fundos de investimento.
Segundo as autoridades indianas citadas por Ajoy
K Das, a data do início da produção de gás natural liquefeito (GNL) nos campos da
Bacia do Rovuma tornou-se incerta e ainda não há acordo vinculativo com os
potenciais compradores de GNL, porque poucos estão dispostos a entrar em
contratos de longo prazo, tendo em conta o actual ambiente de queda dos preços
de petróleo e gás no mercado internacional.
Ajoy K Das cita dois funcionários do Governo da
Índia a apontarem que cerca de USD6 mil milhões já foram investidos em activos
de gás na Área 1 da Bacia do Rovuma e que mais USD25 mil milhões seriam
necessários para colocar os referidos activos em produção. No entanto, aqueles
funcionários indianos referem que, considerando que os acordos de compra de gás
não foram assinados, as principais partes interessadas não estão dispostas a
tomar uma decisão final de investimento nos níveis projectados do fluxo de
caixa para aqueles activos que ainda não estão determinados.
Segundo Ajoy K Das, embora nenhum oficial indiano está disposto a arriscar um palpite sobre quando a produção comercial do GNL na Bacia do Rovuma irá iniciar e ambos concordaram que não seria antes de 2021/22, estando sujeita à recuperação dos preços do petróleo e do gás no mercado internacional, de modo a encontrar compradores para o GNL a partir deste projecto. Acrescentam aqueles oficiais indianos que, quando as companhias de petróleo e gás da Índia começaram a investir no projecto da Bacia do Rovuma, elas previam que a produção começaria em 2018. No entanto, segundo Ajoy K Das, as autoridades indianas disseram que, mesmo que um contrato offtake seja concluído até o final do exercício em curso, a produção não seria possível antes de 2021/22.
Segundo assinalaram aqueles funcionários
indianos, “o gás de Rovuma foi apenas um dos vários projectos de GNL
paralisados em todo o mundo, vítima da desaceleração e queda dos preços do
petróleo e do gás no mercado internacional, o que a resultar no atraso do
desenvolvimento de infra-estruturas de produção de GNL na Bacia do Rovuma, uma
factor negativo para as relações bilaterais entre Moçambique e Índia”. Segundo
Ajoy K Das, aqueles oficiais indianos também consideram ter sido este um revés
para a tentativa da Índia de garantir um investimento maior no sector de
hidrocarbonetos em África.
Ajoy K Das refere que a empresa ONGC Videsh, importante componente externa
da exploração e produção de GNL da empresa indiana da indústria de óleos, ONGC Limited, Oil India Limited e a sua
parceira igualmente indiana de refinaria e comercialização de óleos, a Bharat Petroleum Corporation Limited,
ambas detêm uma participação de 30% na Área 1 da Bacia do Rovuma. Elas adquiriram
a participação de uma outra empresa indiana Videocon
e da Anadarko Petroleum Corporation,
quando a Anadarko decidiu alienar
parcialmente uma participação de 10% de acções, continuando a ser a principal
operadora do bloco que se acreditava ter reservas que variam entre 35 triliões
e 65 triliões de pés cúbicos de gás natural.
Ajoy K Das cita um funcionário indiano a
dizer que o offtake assegurado na
Bacia do Rovuma pelos importadores de gás da Índia foi uma das opções para
monetizar o desenvolvimento do campo de gás, mas reconheceu que "a
reconciliação de interesses soberanos" de exportação e importação das
nações seria um desafio em regimes baixos dos preços de petróleo e gás.
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