GONAZOLOLO MAIS VALIOSO COMO O GÁS DE PEMBA
Por
Domus Oikos, 06 de Setembro de 2018
(Texto
adaptado)
Gonazololo, ou melhor Gona Dzololo, tanto é palavra ou expressão de origem ciSena ou ciNyungwe. É composta por pela palavra Gona, que significa “durma”, e Dzololo, que quer dizer “em sentido” ou “de pé”, ou melhor ainda, “estar em riste”. Numa definição etimológica será “dormir de pé” e numa definição lato sensus será “passar a noite predisposto para o acto sexual”.
Trata-se de um
produto proveniente das províncias do Centro do de Moçambique, especialmente as
de Tete, Manica e Sofala, sendo que esta última é a que mais desmistificou publicitação
de Gona Dzololo, cujo princípio activo é curativo da disfunção erétil masculina.
Tem a função de limpar as gorduras e alargar o canal de fluxo sanguíneo nas
veias, de modo a melhorar a circulação sanguínea, o que permite a ereção do
membro masculino e facilita a consumação exitosa do coito pelo estímulo fluxo sanguíneo
nos tecidos adiposos e esponjosos do pénis.
Gona Dzololo é 100%
um produto natural, o que significa que tem vantagens em termos de saúde
cardiovascular em comparação aos produtos sintéticos como a Viagra. Por isso, o
Gona Dzololo foi o produto de maior destaque na FACIM 2018 que, em menos de 24h00,
esgotou o stock. Foi necessário
trazer outros reforços pra satisfazer a demanda que foi tanta. Este facto fez
correr notícias em Moçambique e a nível internacional. Pois, Gona Dzololo foi
um verdadeiro sucesso.
Tem havido
algumas vozes contra Gona Dzololo, alegadamente porque este produto distraiu o
principal interesse do marketing de
negócio entre os industriais, comerciantes, clientes, etc. E outras foram a
favor. Logo, o sucesso do Gona Dzololo permite tirar muitas ilações e algumas
leituras filosófico-sociológicas.
Há quem vê no Gona
Dzololo puramente a partir de uma janela redutiva, tal como pensá-lo redutivamente
num stritus sensus limitado ao mero acto
de prazer sexual. Porém, é importante ver o Gona Dzololo no sentido lato e
positivo. Isto porque as relações íntimas entre homem e mulher ultrapassam o puro
acto de prazer sexual.
As relações
íntimas são construtoras de convivências socio-identitárias e culturais por
serem a fonte da constituição da família, por um lado. Mas é verdade que, por
outro lado, pode ter o seu aspecto negativo, tal como estimular a proliferação
da prostituição e consequente degradação de valores morais em Moçambique. Pode
promover divórcios e ser a fonte de propagação de mais crianças da rua ou na
rua.
A reflexão de Elvino
Dias Gona Dzololo centrou-se neste facto e o ajudou a fazer mapeamento dos
lugares de promoção da promiscuidade: os chamados “escondidinhos” ou “locais de
bate-fora” que pululam nas grandes cidades do país. Não são pensões mas lugares
dedicados somente à prática de “actos de sexuais” por mero prazer. Mas lá nas
zonas rurais, onde o Gona Dzololo é conhecido e usado há séculos, nunca causou
este fenómeno social de promiscuidade que acontece nas zonas urbanas. Por isso,
é falso pensar que o Gona Dzololo seja a causa deste tipo de comportamento
urbano. Tais locais de promiscuidade existem muito antes de se publicitar o Gona
Dzololo. A indústria do sexo na Holanda representa uma taxa significativa na
estrutura do PIB e lá não conhecem Gona Dzololo. Por isso, precisamos ver o
lado positivo do Gona Dzololo como conhecimento e prática secular naquela região
que pode constituir uma marca nacional comercializável.
Em qualquer lar
ou família as relações sexuais ultrapassam a simples percepção de corporeidade
sexual e fazem parte de uma dimensão, não da simples junção de corpos que se
misturam, mas de uma união de almas. O Gona Dzololo servir de cimento da união de
duas almas que se envolvem. Por isso, o Gona Dzololo não deve ser visto numa
dimensão meramente de sexo, mas como um factor de consolidação de uma união que
faz com que a intimidade e o amor ganhem a sua máxima expressão social. Isto
porque não são dois corpos que se unem apenas, mas duas almas que facilitam a
abertura do próprio ser e consequente promoção recíproco do prazer social.
Numa união
íntima de amor há o enriquecimento social em todas as dimensões. O “Eu” se
encontra com um “Tu”. Com o filósofo Martin Buber diria, a união íntima é uma relação
mais perfeita, uma relação sem mediação, sem contrato, num ambiente do “Eu”
diante do “Tu”.
Sobre aqueles
que desvalorizam o potencial comercial e industrial do Gona Dzololo o fazem por
ignorância. Tal como o Juma Aiuba. Pois, se tivéssemos verdadeiros industriais
em Moçambique, o Gona Dzololo contribuiria na promoção de uma verdadeira indústria
farmacêutica desenvolvia em Moçambique. Provavelmente a indústria de Gona
Dzololo contribuiria mais no PIB do Estado moçambicano do que o gás. Exagero?
Não. Isso mesmo. A FACIM 2018 foi a demonstração
disso.
A grande
multinacional da Itália não é a automobilística FIAT. A FIAT produz carros de
elevado valor tal como o Ferrari, Alfa Romeo, Amborguine, vários autocarros, etc. Um carro Ferrari chega a custar USD700 mil, Amborghini mais um milhão de dólares. Mas, paradoxalmente, a
indústria mais rica da Itália não é a sua mega indústrias FIAT, mas é a
indústria de chocolates: o famoso Ferero.
O dono é o homem mais rico da Itália e de entre os 20 mais ricos do mundo.
Produz chocolates, Nutella, etc., e exporta
para todo o mundo. O número de consumidores de chocolates italianos é frequente
e maior.
Outro exemplo que
pode ser dado é de tulipas da
Holanda. Só estas flores holandesas são o maior produto exportado pela Holanda
e contribui mais do que qualquer indústria. Isto para não falar da Colômbia que
teria sido uma grande potência, se a droga fosse legalizada. Quem controlaria o
comércio da droga teria o controlo de todo comércio, mais do que o petróleo.
Por isso os Estados Unidos da América estão no encalço deste país.
Muitos não sabem que o negócio mais creditável do mundo, deixando a partes os aspectos morais, não é o gás ou o petróleo, mas sim as armas, as drogas e a prostituição, por ordem decrescente. De entre as drogas, estão incluídos os produtos farmacêuticos.
Os talibãs de Afeganistão ficaram ricos com a comercialização em grandes escalas do ópio, para não falar da guerra do ópio que opôs a China ao mundo há séculos. Os talibãs estabeleceram relações diplomáticas e de cooperação como os maiores compradores de armas dos Estados Unidos da América e da Rússia. Armas com as quais invadiram o país e tomaram o poder no Afeganistão.
Muitos não sabem que o negócio mais creditável do mundo, deixando a partes os aspectos morais, não é o gás ou o petróleo, mas sim as armas, as drogas e a prostituição, por ordem decrescente. De entre as drogas, estão incluídos os produtos farmacêuticos.
Os talibãs de Afeganistão ficaram ricos com a comercialização em grandes escalas do ópio, para não falar da guerra do ópio que opôs a China ao mundo há séculos. Os talibãs estabeleceram relações diplomáticas e de cooperação como os maiores compradores de armas dos Estados Unidos da América e da Rússia. Armas com as quais invadiram o país e tomaram o poder no Afeganistão.
Uma indústria
farmacêutica de Gona Dzololo faria enriquecer o país. Pois, exportaríamos para
o mundo todo e as indústrias de Viagra não teriam mais sucesso, porque o Gona
Dzololo não é sintético como o Viagra e não causa doenças colaterais como
hipertensão, doenças cardiovasculares, para além de ser curativo, ou seja,
alarga naturalmente o pénis e melhora a circulação sanguínea.
Quem conhece
este produto, tem aspectos de facto curativos sobre a disfunção erétil. A
exemplo da China, que está a enriquecer-se com o famoso furunbao, que todo mundo conhece na sua forma de 20 gramas, chega a
custar 50 a 100 dólares norte-americanos. Significa que é mais valioso do que o
gás e o petróleo. Mais valioso do alumínio da Mozal.
A indústria,
maior contribuinte do Estado moçambicano, é a cerveja 2M/Manica. Uma garrafa
média vale um dólar. Poucas gramas de Gona Dzololo poderiam custar 10 a 20 dólares.
Se conseguíssemos fazer o sucesso dos chineses, o Gona Dzololo custaria nas europas" 50 dólar algumas
gramas apenas. Por isso, o Gona Dzololo é uma grande oportunidade para
Moçambique, tanto mais valioso que o gás.
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