QUESTIONAMENTO
À PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA
Por
António Muchanga, 24 de Abril de 2019
Bancada
Parlamentar da Renamo
Senhora
Presidente da Assembleia da República
Senhores
Deputados
Todo
Protocolo Observado
É
para mim uma honra ter a oportunidade de intervir no debate do
Informe da Procuradora-Geral da República, ao que paço a
questionar:
Na
página 16 e seguintes, gostaria de perguntar a Digníssima
Procuradora-Geral o que fez em concreto relativamente à tortura
infligida à população de Namanhumbir [Distrito de Montepuez,
Província de Cabo Delgado]?
O
que aconteceu com aqueles agentes da UIR [Unidade de Intervenção
Rápida da Polícia da República de Moçambique (PRM)] que foram
filmados a chamboquearem [açoitarem] cidadãos?
Ainda
no âmbito das torturas, o que tem a dizer sobre os militares
que prenderam, no seu quartel, seviciaram
com chambocos
[açoites]
o jornalista
Abubacar [Amade
Abubacar, da rádio comunitária Nacedje, detido pela Polícia
por, alegadamente, documentar casos de famílias que abandonam a
região devido aos ataques de grupos armados],
em Cabo Delgado?
A resposta, até já, podemos antecipar: Há um trabalho em curso, no sentido de responsabilizar, bla…bla…bla… Antecipamos a vossa resposta, olhando para o vosso comportamento nos informes anteriores. Na verdade tem sido, como se diz na gíria popular “conversa fiada”.
Contudo
insistimos:
-
O caso do assassinato do Professor Cistac [Gilles Cistac, constitucionalista franco-moçambicano, morto a tiro no dia 03 de Março de 2015], o que foi feito dele?
-
O caso do assassinato do membro do Conselho de Estado Jeremias Pondeca [membro da Renamo, morto a tiro no dia 08 de Outubro de 2016]?
-
O caso da morte do jornalista Paulo Machava [fundador da publicação electrónica moçambicana ‘Diário de Notícias’ morto a tiro no dia 28 de Agosto de 2015]?
-
O desaparecimento do cidadão português Américo Sebastião [raptado em Sofala no dia 29 de Julho de 2016]?
-
O caso do desaparecimento do membro do Conselho de Estado Francisco Lole [ Manuel Francisco Lole, antigo deputado da Renamo, raptado no dia 13 de Julho de 2016, na cidade de Chimoio, Província de Manica]?
-
O rapto e tortura do Professor Macuane [José Jaime Macuane, docente da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e comentador político do canal televisivo STV, raptado no dia 23 de Maio de 2016 nas proximidades da sua residência no bairro da Coop, na capital moçambicana, baleado nas duas pernas por desconhecidos no Distrito de Marracuene, Província de Maputo] o que foi feito dele?
-
O rapto e tortura do jurista e jornalista Ericino de Salema [comentador político do canal televisivo STV, levado à força por desconhecidos à saída da sede do Sindicato Nacional dos Jornalistas, na cidade de Maputo, no dia 27 de Março de 2018]?
Poderíamos
estar nestes dois dias a elencar muito
mais casos. Mas, cientes de que
não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir, desistimos de
elencar, porque, ao invés de consolar os que pedem a justiça e a
celeridade processual à
Digníssima
Procuradora,
ignora-os, contrariando assim o seu próprio nome de
Beatriz da Consolação Mateus
Buchile.
Será que faz mesmo sentido lembrar à Digníssima Procuradora deste e de outros casos que, misteriosamente, nunca têm solução?
O
que eu sei, o Estado Português predispôs-se a apoiar Moçambique
para o esclarecimento do caso Américo Sebastião. Qual foi a
resposta de Moçambique?
Sendo
honesta, gostaria que me respondesse, faz sentido os familiares de
Siba-Siba Macuácuà [António
Siba-Siba Macuácua, economista que investigava um caso de corrupção
na gestão do Banco Austral, encontrado morto nas escadas do
edifício-sede do banco, na cidade de Maputo, no dia 11 de Agosto de
2001] e os moçambicanos de bem
esperarem ainda algum trabalho por parte da PGR [Procuradoria
Geral da República] e justiça
para se saber quem matou Siba-Siba?
Na
página 19 e seguintes trata da defesa de interesses colectivos e
difusos. O que é que foi feito no sentido de responsabilizar os
dirigentes do Município da Cidade de Maputo que negligenciaram-se do
acumulamento de lixo, tendo como consequências as mortes nefastas
que vimos? Algum processo foi movido? E se sim, em que estágio está
esse processo de lixo que matou e feriu munícipes?
Os
residentes de Mathemele, Muhalazi e outros bairros da Matola já, por
várias vezes, contactaram a PGR devido à
destruição das suas casas e machambas pelo Presidente do Município
da Matola, o que a PGR fez para parar os desmandos deste Presidente
do Município e consolar os lesados?
No
controlo da legalidade, o Fundo dos Transportes e Comunicações
(FTC) comprou um avião para o Presidente da República (Bombardier
Challenger 850) que agora
está parado retirando-se dos cofres do Estado o valor de 9.2 milhões
de dólares
para alegada compra. Na verdade, o preço real foi
de 7 milhões de dólares.
Tudo indica que houve sobre-facturação de, pelo menos, 2.2 milhões
de dólares.
Pretende fazer alguma coisa? Ou “aquela base” - os
paninhos quentes de sempre. Afinal se trata de camaradas!
Sobre
os paninhos quentes de sempre e os ouvidos que não querem ouvir,
terá tido
conhecimento, como foi numa das publicações do jornal
Canal de Moçambique,
que o Senhor Celso Correia, actual Ministro da Terra [Ambiente
e Desenvolvimento Rural], confessou
ter recebido comissões
de pelo menos 30 milhões de dólares
americanos
no processo da reversão [da
Hisdroeléctrica] de Cahora
Bassa? Também acha que não faz sentido investigar?
Mas
se fosse um professor primário, um enfermeiro, um motorista…, até
seriam apresentados às
câmaras
da televisão como delinquentes de difícil correcção, pedir-se-ia
punição exemplar. Quem confessa ter recebido, em comissões,
mais de 30 milhões de dólares até tem direito a falar no pódio de
um Parlamento
e coordenar acções governativas sobre a pior catástrofe natural
jamais vista no país [ciclone
tropical Idai] e dirigir um
Gabinete
Eleitoral
de um
partido cinquentenário.
O
jornal “Savana” as vezes acerta nos títulos. Neste momento só
penso naquele titulo que nos elucida
sobre: a “Turma dos gangstars”!
Sobre
os gangstars,
pode esclarecer aos moçambicanos como ficou o caso do cidadão Momad
Bashir Sulemane [conhecido por
MBS, um empresário e dono do Grupo MBS e do Maputo
Shopping
Center
na cidade de Maputo] no
caso em que os Estados Unidos [da
América] o acusam de ser barão
de
drogas?
Já que a moda é copiar o que os americanos fazem, será que existiu
alguma investigação interna para se aferir se aquele cidadão na
verdade é ou não barão de
drogas?
Mas aqui parece que não convém investigar ou imitar os americanos,
sob pena de se perder um grande patrocinador do Partido! Aqui os
manuais do gangsterismo
aconselham o silêncio. Há caso para se dizer, o crime organizado
compensa!
Contudo,
fiquem avisados que, quando os americanos capturarem o vosso chefão
ou seus comparsas, nada de irem atrás do prejuízo, como estão a
tentar, no caso Chang [Manuel
Chang, ex-Ministro das Finanças e deputado do Partido Frelimo na
Assembleia da República, preso no dia 29 de Dezembro de 2018 na
África do Sul por ordens da Polícia Internacional (Interpol)
a pedido dos EUA pelo seu envolvimento no caso das dívidas ocultas].
Sobre
crimes contra a vida, a
morte da Vereadora para área de finanças na autarquia de Maputo
[Célia Cumbe, Vereadora do
Plano e Finanças no Conselho Autárquico da Cidade de Maputo, foi
encontrada morta no dia 05 de Março de 2019 na sua residência, na
cidade da Matola] pareceu aos
olhos dos cidadãos honestos, algo anómalo. Também aqui a culpa vai
morrer solteira, para não incomodar a nomenclatura?
As
páginas 41 e seguintes são uma mão-cheia de nada! Sobre
branqueamento de capitais são apresentadas linhas soltas, contendo
alguns números que remetem a um abstracto.
Comparativamente aos outros crimes, por exemplo homicídios e ofensas corporais em que o informe vai ao detalhe, sobre o branqueamento de capitais, nada! Veja-se páginas 45 e seguintes.
Ao
optar por uma informação vazia sobre os crimes que mais lesam o
Estado, como o branqueamento de capitais, que mensagem procura
transmitir? A de ser “a boa menina” para encanto do padrinho, o
Chefe dos Chefes?
Ainda
nesta onda da mão-cheia de nada, o cúmulo é encontrado na página
43, sobre crimes
informáticos. Ao invés de informar a este Plenário, como o faz nos
crimes de homicídio e ofensas corporais, a Digníssima
Procuradora optou
por trazer uma aula sobre crimes informáticos, com direito a notas
bibliográficas
e tudo. Neste caso, citando o pensamento do Secretario-Geral das
Nações Unidades e outros. Digníssima Procuradora,
os Moçambicanos querem factos
e actos e não apenas palavras!
Na
página 49, sobre
os Ilícitos eleitorais, o
que foi feito a aquele membro do Partido
Frelimo que baleou um membro da Renamo na
cidade de Tete, nos pleitos
eleitorais autárquicos [de
2018]? Responderá: “Estamos
a trabalhar!” O que foi feito das pessoas que falsificaram editais
na Matola, entre outros municípios? Alguma condenação ou está
tudo em banho-maria?
O
Conselho Constitucional remeteu dois editais assinados pelo
Presidente
da Comissão de Eleições da Cidade da Matola ao Ministério Público
e o povo quer saber que resultado apurou.
A
senhora Mequelina Moçambique, especialista em enchimento de urnas,
depois de passear a sua classe, foi nomeada Administradora
do Distrito de Limpopo na
Província de Gaza. Será que
ainda podemos esperar alguma coisa sobre a penalização ou
responsabilização desta malfeitora?
As
suas aulas voltam na página 52 e seguintes, quando
trata da prevenção à corrupção. Olhando bem, há dois tipos
legais de crime que a Digníssima Procuradora,
ao invés de aprofundar sobre o
que foi feito, prefere sobrevoar os temas. Não sei por quê!
Só para elucidar, na sua aula, nas páginas a que me referi, além
de dizer por onde viajou no ano passado e seminários em que
participou, apenas explica os pilares do Plano Estratégico relativo
à prevenção e combate à corrupção e outros salamaleques para o
povo dormir, apontando casos isolados aqui e acolá.
Nestes
casos sobre corrupção, o engraçado é que quase sempre nunca há
processos disciplinares, o que me
levar a concordar
com a sua preocupação. De facto, nos casos Cambaza [Diodino
Cambaza, ex-Presidente do Conselho de Administração (PCA) da
empresa Aeroportos de Moçambique (ADM), foi detido em 2008 e
condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de desvio de fundos,
pagamentos indevidos, abuso de funções e simulação ilícita, sem
ter sofrido processo disciplinar, motivo pelo qual teve legitimidade
legal para ser reintegrado nos quadros da instituição],
[Manuel] Chang,
[Paulo] Zucula
[ex-Ministro dos Transportes e
Comunicações, condenado a 14 meses de prisão, substituídos por
multa, por ter autorizado o pagamento de remunerações indevidas aos
administradores do regulador da aviação civil],
[José] Viega
[ex-PCA
das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), detido na cidade de Maputo
conjuntamente com Paulo Zucula e o ex-gestor da petrolífera
sul-africana SASOL, Mateus Zimba, por ordens
do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC),
indiciados em actos de corrupção na compra de aeronaves Embraer
no Brasil para a LAM],
Setina [Titosse,
a antiga PCA do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), condenada a
18 anos de prisão maior, acusada de envolvimento no esquema de
desvio de 170 milhões de meticais da instituição que dirigia,
conjuntamente com outros 27 arguidos],
Leão [Gregório
Leão José,
ex-Drector-Geral
da secreta moçambicana], Matusse
[Renato
Matusse, ex-Assessor Político do ex-Presidente Armando Emílio
Guebuza],
Gove [Ernesto
Gove, ex-Governador do Banco de Moçambique,
que,
juntamente com Greório Leão José, Renato Matusse e outros, estão
implicados no caso dívidas ocultas],
Sumbana [Lúcio
Sumabana, jovem empresário acusado de ter pago subornos à antiga
Ministra do Trabalho, Helena Taipo, para tirar benefícios a favor de
uma das empresas de que é gestor
no
caso Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) que ditou a
prisão de Helena Taipo] e
gangstars
limitados, não há
registo de processos disciplinares por parte das instituições
respectivas. Mesmo aqui na Assembleia [da
República], a Comissão de
Ética nunca fez nada face as acusações que pesam sobre o deputado
[Manuel] Chang.
Tendo
os antigos e actuais dirigentes do Banco de Moçambique mentido, em
2016, na então Comissão Parlamentar de Inquérito, este
comportamento não tem consequência legal? Aguardo o
seu pronunciamento como
advogada do Estado.
A
propósito dos exaltadores da Pátria! Tenho a mesma dúvida do
cronista Juma Aiuba: é possível num filme com bandidos e tudo, não
existir Chefe dos Bandidos? Cadê o Chefe dos Chefes, cadê o Chefe
dos Bandidos, nas dívidas ocultas? A ideia é dizerem que ele foi
chantageado, já que os próximos a ele, o exaltador ou
assaltador-mor da pátria, quase todos são acusados de terem
chantageado a alguém? Assim a vossa empreitada é sacrificar-se no
máximo, até o filho e a secretaria e nunca se atingir o Chefe dos
Chefes?
A
propósito dos detidos por causa das dívidas Ocultas, por quê
alguns tiveram tratamento diferenciado na dedução da acusação se
até alguns ficaram com a maior parte do leão ao se esquartejar a
presa, ao se dividirem as galinhas no galinheiro? Faz sentido,
Senhora Procuradora-Geral, que o
famoso [Renato]
Matusse esteja em liberdade,
provando-se na acusação de que é mais perigoso do que muitos
outros que estão detidos?
Os
conspiradores na simulação de compra e venda de imóveis, cujos
valores eram pagos na Turquia e imóveis recebidos e revendidos ao
vendedor em Maputo, também ficam impunes?
Como garante da Legalidade pode dizer a este Plenário como foi possível impor coação máxima ao deputado Manuel Chang, uma vez que ele goza de imunidade, nos termos da Constituição artigo 173 e da Lei que aprova o Estatuto de Deputado? A Constituição em nenhum artigo trata da possibilidade da suspensão da imunidade. Por favor responda!
Como
advogada do Estado, podemos ter cópia do ofício enviado a África
do Sul para a prisão
preventiva do Deputado [Manuel]
Chang? A propósito, por quê
estão a procura de trazer [Manuel]
Chang para Moçambique? Não
será isso obstruir a justiça Americana?
O
Deputado [Manuel] Chang
esteve sempre em Moçambique e vocês nunca fizeram nada, a não ser
justificar que estavam a trabalhar no processo das dívidas
[ocultas].
Será que a PGR está em condições de trazer o Bustani e os
Banqueiros detidos em Londres para Moçambique?
Os
Americanos mandaram prender [Manuel
Chang] por crimes que acreditam
que ele cometeu lá na América. Todo moçambicano honesto sabe que,
senão fosse a dianteira dos americanos ainda estaríamos na ladainha
de que estão a trabalhar. Deixem [Manuel]
Chang ir a Nova Iorque onde
pode ter a sorte que coube ao
General Bob Natchuto da
[Guiné Bissau, então preso e acusado de ser o barão de drogas
pelos EUA]. Quando terminar de
cumprir pena há-de
voltar e irão julgá-lo.
Deixem em paz a justiça americana.
Afinal,
que grande interesse é esse que de repente despertou em Vossas
Excelências? O que se pretende, em concreto, com [Manuel]
Chang em Moçambique? A
resposta é simples. Sua eliminação física para permitir a
queima-de-arquivos,
porque pensam que ele conhece muitos assuntos feios que envolvem a
nomenclatura dominante no Governo e no Partido Frelimo. É melhor
prenderem o vosso Chefe dos Chefes antes de correrem atrás do
prejuízo, quando os americanos o algemarem em qualquer sítio deste
mundo. Porque todos sabemos que os americanos
são capazes, aliás até Bin Ladan, [Coronel
Muamar] Kadaf [da
Líbia] e
Sadam Hussen [do Iraque]
não escaparam da fúria
Americana.
Digníssima,
os moçambicanos até agora não têm
informação nenhuma sobre as
acções concretas de
responsabilização em torno das dívidas contraídas no Banco Russo
VTB. Estão a espera dos americanos para depois irem atrás dos
mesmos arguidos? E, agora que a Previnvest
processou o Estado Moçambicano, onde a Digníssima é advogada do
mesmo Estado, o que podemos esperar deste processo?
Digníssima,
faz sentido em Moçambique vocês dizerem que as dívidas são
legais! Olho
ao mutismo do Conselho Constitucional e do
Tribunal Administrativo e,
volta e meia, vão a Londres pedir o cancelamento das garantias sobre
esta dívida? Não está
sendo contraditória?
Digníssima,
sobre a divulgação na íntegra do Relatório da KROLL,
podemos esquecer ou ainda tem algo a dizer?
A
terminar e atento às
vossas perspectivas, o que foi feito daquela Procuradora de Tete que
estava a participar na sessão do Comité Central da Frelimo? Algum
processo ou as habituais palmadinhas nas costas? Como ficou o caso da
Magistrada do caso Milhulamith que o Tribunal Administrativo
considerou nula sem quaisquer efeito jurídico a sanção
a ela aplicada pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial,
presidido
pelo Presidente do Tribunal Supremo?
Senhores
Deputados, Meus Pares
É
importante que o povo saiba que relação tem a PGR com o Conselho
Superior de Magistratura Judicial, pois, o povo não entende o que
levou este conselho a transferir o juiz de instrução, o
famoso juiz das Dividas
Ocultas, do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para o Tribunal
Provincial do Maputo, sector laboral. Este acto faz nos desconfiar
que o Supremo está a criar condições para ilibar todos aqueles que
foram presos por decisão deste magistrado e agora, Digníssima,
o que podemos esperar do seu próximo informe? A resposta será,
prendi e o tribunal soltou.
Ainda
sobre o Supremo, para quando a ida a reforma dos Juízes Conselheiros
que já ultrapassaram de longe o tempo de serviço e a idade prevista
na lei, para irem ao descanso, dando lugar aos mais jovens
Magistrados que estão na lista de suplentes? E, sobre os
Estatutos de Oficias de Justiça, o povo quer saber a quanto anda a
sua implementação? Já começaram a pagar os oficias da Justiças e
do
SERNIC [Serviço Nacional de
Investigação Criminal] que
têm
direito aos
Emolumentos como interviestes nos
processos
à
semelhanças dos Magistrados?
Ciente
de que cumpri o meu dever e
em nome do povo falei, espero respostas.
Muito
obrigado.
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