AMIGA DA
EX-PRESIDENTE SUL-COREANA CONDENADA A 20 ANOS DE CADEIA
RM Kuyeri, 13 de fevereiro de 2018
Corre o mundo uma notícia segundo a qual um
tribunal da Coreia do Sul condenou a 20 anos de cadeia Choi Soon-sil, conhecida
como a Rasputina, pelo seu papel no
esquema de corrupção que escandalizou aquele país asiático e levou à demissão
da ex-Presidente Park Geun-hye.
A Rasputina foi detida em
Novembro do ano passado, por ter sido considerada a principal impulsionadora
de um esquema de corrupção e tráfico de influências, através do qual interferiu
nos assuntos do Estado sul-coreano e desviou fundos de mais de meia centena de
empresas sul-coreanas.
A dita Rasputina, de seu nome Choi Soon-sil, de 61 anos de idade e
amiga íntima da ex-Presidente da República da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi acusada de ter
cometido 18 crimes, entre os quais o abuso de poder, coacção e corrupção, tendo
o Ministério Público sul-coreano apelado ao tribunal para uma pena exemplar de
25 anos de cadeia.
Choi Soon-sil negou todas as acusações que pesavam
sobre si, como é normal comportarem-se todos os criminosos, mas a mão pesada do
poder judicial sul-coreano caiu sobre si e, para de ter que cumprir os 20 anos
de cadeia, vai ter que pagar uma multa de 13.4 milhões de euros. A sentença foi
proferida pelo Tribunal do Distrito Central de Seul, segundo revela a agência
local de notícias, Yonhap.
Entre as empresas alvo da extorsão orquestrada por Choi Soon-sil constam a LG,
a Hyundai e a Samsung, cujo herdeiro e líder,
Lee Jae-yong, já foi condenado a uma pena suspensa de dois anos e meio de
cadeia pelo seu envolvimento no mesmo caso.
Como é de praxe em todo o mundo, o advogado da Rasputina, Lee Kyung-jae, já anunciou que vai recorrer da
sentença em defesa da sua constituínte, por achar injusta a pena arbitrada na
primeira instância pelo Tribunal do Distrito Central de Seul.
O mesmo tribunal condenou também a dois anos e meio de cadeia o Presidente do
Conselho de Administração do grupo Lotte, por
ter subornado a Rasputina com uma
doação de 7 mil milhões de wones,
a moeda local.
Também foi condenado o ex-Secretário da Presidente An Chong-bum a seis
anos de prisão e a uma multa de 100 milhões de wones, por ter aceitado subornos dentro da mesma rede.
O escândalo da Rasputina
chocou a sociedade civil sul-coreana no final de 2016 e motivou uma onda de manifestações
quase diárias, que levaram à primeira destituição de uma Chefe de Estado na
Coreia do Sul, como é normal em democracia, antecipando as eleições
presidenciais que foram ganhas pelo liberal Moon Jae-in.
A ex-Presidente Park Geun-hye
continua detida, desde a sua
destituição, em Março de 2017, o que não seria de se pensar em democracias
insipinetes como a nossa.
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