
MOTHO-MOTHO Prostituta escreve livro sobre Rua Araújo ALBINO MOISÉS , NOTÍCIAS – 23.03.2016 ESTOU na Rua Araújo. Rua da amargura. Naquela rua que os frequentadores “desconseguem” chamar de Rua de Bagamoyo, nome atribuído depois da independência. Porque entendem que falar de Rua Araújo e Rua de Bagamoyo não é a mesma coisa, pelo menos em termos de simbolismo e identificação. A Rua Araújo é mística e mítica. Na década 60 - 70 foi frequentada por importantes nomes do nacionalismo e intelectualismo moçambicano, casos do exímio guitarrista Daíco, do fotojornalista Ricardo Rangel e do poeta-mor José Craveirinha, só para citar alguns. Encontro-me aqui na “Araújo”, acertei uma entrevista com uma prostituta, aliás, trabalhadora de sexo. É uma conversa contagiante entre pessoas adultas. Falamos sem tabu e nem censura. Ela escancarou as páginas da sua vida. “Tirou tudo”. Não escondeu nada. Uma espécie de catarse. - Olha “mana-moça”, a nossa entrevista está a chegar ao fi...