ORDEM MUNDIAL HIPÓCRITA

RM Kuyeri, 18 de Março de 2022

 Que se diga a verdade aos nossos filhos; que se diga a verdade aos nossos irmãos e irmãs; que se diga a verdade aos nossos amigos e ao mundo. O Ocidente, ou seja, os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE) estão a tornar este mundo cada vez mais hipócrita. Ora vejamos:

 1. Guerra no Iraque: Os EUA e a sua NATO, a carnificina e canibal força bruta do Ocidente, que integra a França, Alemanha, Bélgica e companhia…, destruíram o país e mataram aos milhares os iraquianos.

 

A Guerra do Iraque, também referida como Ocupação do Iraque ou Segunda Guerra do Golfo, ou Terceira Guerra do Golfo ou ainda como Operação Liberdade do Iraque (em inglês: Operation Iraqi Freedom), foi um conflito que começou no dia 20 de Março de 2003 com a invasão do Iraque, por uma coligação militar multinacional liderada pelos EUA. Esta fase do conflito foi encerrada no dia 18 de Dezembro de 2011 com a retirada das tropas norte-americanas do território iraquiano após oito anos de ocupação. Não houve condenações nem sanções.

 

O conflito aconteceu sob falso contexto de Guerra ao Terror por via do terror, lançado pelo Presidente norte-americano George W. Bush, após os atentados de 11 de Setembro de 2001. A invasão terrorista norte-americana começou naquele dia 20 de Março de 2003, envolvendo os EUA, o Reino Unido e um punhado de nações aliadas, lançando uma pesada campanha de bombardeamentos aéreos de choque e pavor contra as principais cidades do Iraque, principalmente Bagdad, sem dó nem piedade pelas mulheres, crianças e velhos indefesos.

 

O exército iraquiano foi rapidamente sobrepujado pela coligação ocidental encabeçada pelo exército norte-americano que, em menos de um mês, conseguiu tomar conta do país. A invasão aliada levou ao colapso do governo Baathista. O Presidente iraquiano, Saddam Hussein, foi capturado na Operação Red Dawn em Dezembro de 2003. Três anos mais tarde foi sumariamente julgado e depois executado na forca. Não se ouviu voz da Amnistia Internacional nem da famigerada Human Right Watch. Saddam Hussein e todos os iraquianos martirizados não tiveram direito à vida.

 

Contudo, o vácuo de poder após a queda de Saddam Hussein e a ineficiência da ocupação estrangeira levou a uma onda de violência sectária e religiosa, principalmente amparada na rivalidade entre xiitas e sunitas, que mergulhou o país numa sangrenta guerra por procuração financiada pelo Ocidente (proxy war).

 

Para contrariar a proxy war, militantes islamitas começaram a chegar em peso no Iraque para lutar contra as tropas de ocupação ocidental e contra o novo governo secular iraquiano. Grupos como a Al-Qaeda se fortaleceram na região e utilizaram o território iraquiano para expandir as suas actividades contra os interesses do Ocidente em todo mundo hipócrita. Por via disso, Moçambique mergulhou na guerra terrorista.

 

Perante o aumento da intensidade do conflito numa sangrenta luta de guerrilha, vários países ocidentais começaram a abandonar a coligação e retiraram as suas tropas do Iraque. Os EUA foram pelo caminho oposto, aumentando consideravelmente a sua presença militar no país em 2007 e, logo em seguida, a insurgência iraquiana começou a perder força. A partir de 2009, os norte-americanos começaram o processo de desmobilizar as suas tropas do Iraque, até que a retirada foi completada em Dezembro de 2011. Tudo foi visto normalmente, sem condenações nem sanções.

 

O governo de George Bush baseou a sua racionalidade para lançar a guerra na ideia de que o Iraque era visto pelo Ocidente como um "Estado vilão" desde a Guerra do Golfo. Para isso usou o falso pretexto de que o Iraque possuía armas de destruição em massa (WMDs, na sigla inglesa) e que o regime de Saddam Hussein representava uma ameaça grave para os EUA e seus aliados.

 

Oficiais e autoridades do governo norte-americano também acusaram Saddam Hussein de dar abrigo e apoio a terroristas da Al-Qaeda, enquanto outros argumentavam sobre o valor moral de derrubar uma ditadura e instaurar a democracia para o povo iraquiano. Após a invasão, contudo, nenhuma evidência substancial foi encontrada para apoiar as acusações de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, enquanto a hipótese de que Saddam Hussein tinha laços com a Al-Qaeda se provou ser falsa.

 

A racionalidade que levou os EUA à guerra foi duramente criticada, tanto pela população norte-americana quanto pelo mundo afora. Uma das consequências internas foi o declínio considerável da popularidade de George Bush, que se tornaria num dos presidentes mais impopulares da história norte-americana, com a esmagadora da maioria da população dos EUA a acreditar, no final da década de 2000, que invadir o Iraque foi um erro.

 

As estimativas do total de pessoas mortas na guerra (de 2003 a 2011) divergem de fonte para fonte, com os números a variarem de 100 mil a até mais de 600 mil fatalidades. Estes números nunca contaram para a Amnistia Internacional nem para a Human Rights Watch.

2. Guerra no Afeganistão: Os EUA e a sua NATO, a carnificina e canibal força bruta do Ocidente, que integra a França, Alemanha, Bélgica e companhia…, destruíram o país e mataram aos milhares os afegãos.

A Guerra no Afeganistão foi um conflito que ocorreu de 2001 a 2021. Tudo começou quando os EUA e os seus aliados invadiram o Afeganistão e derrubaram o Emirado Islâmico, governado pelos Talibãs. A guerra terminou com a recuperação do poder pelos Talibãs após uma insurgência de 20 anos e 10 meses contra a NATO e as Forças Armadas aliadas. Foi a guerra mais longa da história dos EUA fora do seu território, superando a Guerra do Vietnam (1955-1975) por aproximadamente cinco meses.

Após os ataques de 11 de Setembro de 2001, o então Presidente dos EUA, George W. Bush, exigiu que os Talibãs, então governantes de facto do Afeganistão, extraditassem Osama bin Laden, o mentor dos ataques e que, até então, operava livremente no país. A recusa dos Talibãs em fazê-lo levou à invasão do país. Os Talibãs foram derrotados e expulsos dos principais centros populacionais pelas forças lideradas pelos EUA e pela NATO.

Apesar de não conseguirem encontrar Bin Laden, os EUA e uma coligação de mais de 40 países, incluindo todos os membros da NATO, permaneceram no país e formaram uma missão de segurança sancionada pela ONU, chamada Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), para consolidar uma nova missão de segurança impedindo o retorno ao poder da autoridade democrática no país.

Na Conferência de Bonn (Alemanha) novas autoridades interinas afegãs dóceis à NATO elegeram Hamid Karzai para chefiar a Administração Interina Afegã. Um esforço de reconstrução em todo o país também foi feito após a expulsão dos Talibãs. Os Talibãs se reorganizaram sob o comando do Mulá Omar e em 2003 lançaram uma insurgência contra o novo governo afegão. Os insurgentes talibãs e outros grupos travaram uma guerra assimétrica com ataques de guerrilha e emboscadas no campo, ataques suicidas contra alvos urbanos, assassinatos de vira-casacas contra forças da coligação e represálias contra supostos colaboradores.

A violência acabou escalando a um ponto em que grandes partes do Afeganistão foram retomadas pelos Talibãs em 2007. A ISAF respondeu aumentando maciçamente as tropas para operações de contra-insurgência para "limpar e manter" aldeias, atingindo o seu pico em 2011, quando cerca de 140 mil soldados estrangeiros operaram sob o comando da ISAF e dos EUA no Afeganistão. Após o casus belli que levou ao assassinato de Osama bin Laden em 2011, os líderes da NATO iniciaram uma estratégia de saída para retirar as suas forças.

Em 28 de Dezembro de 2014, a NATO encerrou formalmente as operações de combate da ISAF no Afeganistão e transferiu oficialmente a responsabilidade total da segurança para o governo afegão. Incapaz de eliminar os Talibãs por meios militares, forças de coligação e separadamente o governo do Presidente Ashraf Ghani recorreu à diplomacia para acabar com o conflito. Esses esforços culminaram em Fevereiro de 2020, quando os EUA e os Talibãs assinaram um acordo de paz condicional em Doha, na Arábia Saudita, que exigia que as tropas norte-americanas se retirassem até Abril de 2021. Em troca, os Talibãs prometeram impedir qualquer grupo de atacar os EUA e os seus aliados no futuro a partir do território do Afeganistão.

O governo afegão da época não era parte do acordo e rejeitou os seus termos em relação à libertação de prisioneiros. A data-alvo de retirada dos EUA foi estendida para 31 de Agosto de 2021. Após o prazo original ter expirado e coincidindo com a retirada das tropas norte-americanas, os Talibãs lançaram uma ampla ofensiva ao longo do verão em que capturaram a maior parte do Afeganistão, finalmente tomando a capital Cabul no dia 15 de Agosto de 2021. No mesmo dia, o Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, fugiu do país. Os Talibãs declararam a vitória e a guerra terminou. O restabelecimento do regime dos Talibãs foi confirmado no dia 30 de Agosto de 2021, com a partida do Afeganistão do último avião militar norte-americano, encerrando mais de 20 anos de presença militar ocidental no país, numa guerra que matou 176 mil pessoas, dos quais 46.319 civis, 69.095 militares e agentes da Polícia, bem como pelo menos 52.893 combatentes da oposição.

3. Guerra na Líbia: Os EUA e a sua NATO, a carnificina e canibal força bruta do Ocidente, que integra a França, Alemanha, Bélgica e companhia…, destruíram o país e mataram aos milhares os líbios. 

No dia 19 de Março de 2011, forças da coligação de vários estados ocidentais lideradas pela NATO iniciaram uma intervenção militar na Líbia, alegadamente para implementar a Resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em resposta aos eventos durante a suposta Primeira Guerra Civil da Líbia, que não passou de uma proxy war ou guerra por procuração. 

Com dez votos a favor e cinco abstenções, a intenção do Conselho de Segurança da ONU era ter "um cessar-fogo imediato na Líbia, incluindo o fim dos ataques contra civis que poderiam constituir "crimes contra a humanidade"... Impôs-se uma proibição de todos os voos no espaço aéreo do país, naquilo que se chamou uma zona de exclusão aérea. Paralelamente, impôs-se sanções mais rigorosas ao Governo de Muammar Kadafi e os seus apoiantes.

Coloridos a azul, envolveram-se os estados ocidentais na suposta implementação da zona de exclusão aérea sobre a Líbia, quando o real objectivo era ter acesso livre ao petróleo líbio. As forças navais norte-americanas e britânicas dispararam mais de 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk, enquanto a Força Aérea Francesa, a Força Aérea Real Britânica e a Força Aérea Real Canadiana realizaram raids na Líbia e impuseram um bloqueio naval garantido pelas forças da NATO. 

Jactos franceses lançaram ataques aéreos contra tanques e veículos do Exército líbio, numa intervenção que não empregou tropas terrestres estrangeiras. A resposta do Governo líbio à campanha foi totalmente ineficaz, com as forças de Muammar Gaddafi a não conseguirem derrubar um único avião da NATO, apesar de o país possuir na altura 30 baterias SAM pesadas, 17 baterias SAM médias, 55 baterias SAM leves, um total de 400-450 lançadores, incluindo 130 a 150 lançadores de 2K12 Kub e alguns lançadores de 9K33 Osa. Uma bateria de 440 a 600 canhões de defesa aérea de curto alcance.

Os nomes oficiais das intervenções dos membros da coligação foram Opération Harmattan da França, Operation Ellamy do Reino Unido, Operation Mobile do Canadá e Operation Odyssey Dawn dos EUA. A Itália inicialmente se opôs à intervenção, mas depois se ofereceu para participar das operações com a condição de que a NATO assumisse a liderança da missão ao invés de países como a Franças intervirem individualmente. Como esta condição foi cumprida, mais tarde a Itália compartilhou as suas bases e inteligência com os aliados.

Desde o início da intervenção, a coligação inicial que integrava a Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Itália, Noruega, Qatar, Espanha, Reino Unido e EUA expandiu-se para dezanove estados, com os estados mais novos a dedicarem-se principalmente à zona de exclusão aérea e o bloqueio naval ou fornecendo assistência logística militar. O esforço foi inicialmente liderado em grande parte pela França e pelo Reino Unido, com comando compartilhado com os EUA. A NATO assumiu o controlo do embargo de armas a Líbia a partir de 23 de Março de 2011, denominada Operação Protector Unificado.

Uma tentativa de unificar o comando militar da campanha aérea, mantendo o controlo político e estratégico com um pequeno grupo, primeiro fracassou devido às objecções dos governos francês, alemão e turco. No dia 24 de Março de 2011, a NATO concordou em assumir o controlo da zona de exclusão aérea, enquanto o comando das unidades terrestres de ataque permaneceu com as forças da coligação. A entrega ocorreu no dia 31 de Março de 2011 às 06:00 UTC (08:00 hora local).

A NATO realizou 26.500 missões desde que assumiu o comando da missão na Líbia no dia 31 de Março de 2011. Os combates na Líbia terminaram no final de Outubro de 2011, após a morte de Muammar Gaddafi. A NATO declarou que encerraria as operações sobre a Líbia no dia 31 de Outubro de 2011. Não se viu a preocupação pelo povo líbio nem pelos direitos humanos, como nenhuma força foi acusada de crimes de guerra, diferentemente do que se notou pouco depois de a Rússia atacar a Ucrânia, destruindo centros de treinos militares e baterias de armas estratégicas ocidentais em solo ucraniano visando a segurança da Rússia.

4. Guerra do Vietname: Os EUA e a sua NATO, a carnificina e canibal força bruta do Ocidente, que integra a França, Alemanha, Bélgica e companhia…, destruíram o país e mataram aos milhares os vietnamitas.

 

A Guerra do Vietname ou Vietnam War, também conhecida como a Segunda Guerra da Indochina ou Guerra de Resistência contra os EUA ou ainda simplesmente Guerra Americana, foi um grande conflito armado que aconteceu no Vietname, Laos e Camboja, iniciado no dia 01 de Novembro de 1955 até a queda de Saigon no dia 30 de Abril de 1975. Foi a segunda das Guerras por procuração da Indochina e foi oficialmente travada entre o Vietname do Norte e o Vietname do Sul, sob os auspícios dos EUA. O exército norte-vietnamita era apoiado pela então União Soviética, China e outros aliados progressistas, enquanto os sul-vietnamitas eram apoiados pelos EUA, Coreia do Sul, Austrália, Tailândia e outras nações ocidentais pelo Mundo. Neste cenário, o conflito no Vietname foi, de facto, uma clássica proxy war ou uma clássica guerra por procuração no auge da Guerra Fria.

 

Os Viet Cong, conhecidos como Frente Nacional de Libertação ou FNL, uma organização de progressistas, travavam uma guerrilha contra o governo do Sul e outras forças anti-progressistas da região, enquanto o exército norte-vietnamita, conhecido pela sigla em inglês NVA, levava a cabo uma luta mais convencional, travando ocasionalmente grandes batalhas tradicionais. Conforme a guerra progredia, as acções militares dos guerrilheiros Viet Congs foram perdendo força, enquanto as tropas do NVA se engajavam mais.

 

Os exércitos dos EUA e do Vietnam do Sul tinham notavelmente maior poder de fogo, apoiados principalmente pela sua supremacia aérea e tecnológica, contando com operações de procurar e destruir (search and destroy), envolvendo maciças unidades terrestres de artilharia e avassaladores ataques aéreos. No curso da guerra, os EUA conduziram sistemáticas campanhas de bombardeamento estratégico contra cidades inteiras do Vietnam do Norte, causando enorme devastação e milhares de mortos. A Amnistia Internacional e a Human Right Watch nunca existiram.

 

O Governo do Vietnam do Norte e os Viet Congs estavam a lutar para unificar o país dividido em função dos interesses ocidentais. Eles viam o conflito como parte de uma guerra colonial e uma continuação directa da Primeira Guerra da Indochina contra as forças da França e depois dos EUA. Já o governo norte-americano lutava para evitar que o Vietnam do Sul se tornasse mais uma alegada nação comunista. Isso fazia parte da chamada "teoria do dominó" e da mais abrangente política de contenção, com o objectivo final supostamente de deter o comunismo pelo mundo.

 

No começo da década de 1950, conselheiros militares norte-americanos foram enviados para a então Indochina Francesa. O envolvimento dos EUA nos conflitos da região aumentou nos anos de 1960, com o número de tropas estacionadas no Vietnam a triplicar de tamanho em 1961 e de novo em 1962.

 

Após o Incidente do Golfo de Tonkin em 1964, quando um contra-torpedeiro norte-americano foi supostamente atacado por embarcações norte-vietnamitas, o Congresso dos EUA aprovou uma resolução que deu autorização ao presidente norte-americano para aumentar a presença militar do país no Vietnam e escalar o conflito. Unidades norte-americanas de combate começaram a chegar em peso no país em 1965. A guerra rapidamente se expandiu, atingindo o Laos e o Camboja, que passaram a ser intensamente bombardeados pela força aérea dos EUA a partir de 1968, o mesmo ano que as forças progressistas lançaram a grande Ofensiva do Tet.

 

A Ofensiva do Tet falhou no seu objectivo de derrubar o governo sul-vietnamita e iniciar uma revolução socialista por lá, mas é considerado o ponto de virada da guerra, já que a população norte-americana passou a questionar se uma vitória militar seria possível no Vietnam, com o inimigo a ser capaz de lançar grandes ataques, mesmo após anos de derramamento de sangue. Havia uma grande disparidade entre o que a imprensa norte-americana e o governo falavam, com os dados apresentados por ambos geralmente contrastando. Nos EUA e no Ocidente, a partir do final dos anos 60, começou a evoluir um forte sentimento de oposição a guerra como parte de um grande movimento de contra-cultura. A guerra mudou a dinâmica das relações entre os blocos Leste e Oeste, também alterando as divisões norte-sul no mundo.

 

A partir de 1969, os EUA começaram o processo de "Vietnamização", que visava melhorar a capacidade militar do Vietnam do Sul de enfrentar a guerra por si só, sem o apoio externo. Os norte-americanos esperavam assim poder reduzir a sua participação no conflito sem ter que comprometer o objectivo estratégico máximo, alegadamente de impedir a expansão do comunismo na região, transferindo a responsabilidade de lutar para os próprios sul-vietnamitas. Assim, no começo dos anos 70, os EUA começaram a retirar as suas tropas do Vietnam. O que se seguiu, em Janeiro de 1973, foi a assinatura dos Acordos de Paz de Paris. Porém, isso não significou o fim das hostilidades.

 

O envolvimento militar norte-americano directo na Guerra do Vietnam foi terminado formalmente no dia 15 de Agosto de 1973. Não demorou muito tempo e, na primavera de 1975, os norte-vietnamitas iniciaram uma grande ofensiva para anexar o Sul de uma vez por todas. Em Abril de 1975, Saigon foi conquistada pelas forças progressistas, marcando o fim da guerra entre o Norte e o Sul do Vietnam, sendo formalmente unificados no ano seguinte (1976).

 

O custo em vidas da guerra foi extremamente alto. O total de vietnamitas mortos, entre civis e militares, varia de 966 mil a 3.8 milhões. Entre 240 mil e 300 mil cambojanos e 20 mil a 62 mil leoninos perderam a vida. Já os norte-americanos estimam as suas perdas em 58 mil soldados mortos, mais de 300 mil feridos e 1.626 ainda desaparecidos até 1975. Para os EUA, a Guerra do Vietnam resultou numa das maiores confrontações armadas em que o país já se viu envolvido e a derrota provocou a "Síndrome do Vietnam" nos seus cidadãos e na sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematográfica e grande mudança na sua política externa, até a eleição de Ronald Reagan em 1980.

5. Guerra coreana: Os EUA e a sua NATO, a carnificina e canibal força bruta do Ocidente, que integra a França, Alemanha, Bélgica e companhia…, destruíram o país e mataram aos milhares os coreanos.

A Guerra da Coreia foi travada entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul de 1950 a 1953. A guerra começou no dia 25 de Junho de 1950, quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, após confrontos ao longo da fronteira e rebeliões na Coreia do Sul. A Coreia do Norte foi apoiada pela China e pela União Soviética, enquanto a Coreia do Sul foi supostamente apoiada pelas Nações Unidas, com principal protagonismo dos EUA. A luta terminou com um armistício no dia 27 de Julho de 1953.

Em 1910, o Japão imperial anexou a Coreia, onde governou por 35 anos até à sua rendição no final da Segunda Guerra Mundial, a 15 de Agosto de 1945. Os EUA e a União Soviética dividiram a Coreia ao longo do paralelo 38 em duas zonas de ocupação. Os soviéticos administravam a zona norte e os norte-americanos administravam a zona sul. Em 1948, como resultado das tensões da Guerra Fria, as zonas de ocupação tornaram-se dois estados soberanos. Um estado socialista, a República Popular Democrática da Coreia, foi estabelecido no norte sob a liderança de Kim Il-Sung, enquanto um estado capitalista, a República da Coreia, foi estabelecido no sul sob a liderança autoritária e autocrática de Syngman Rhee. Ambos os governos dos dois novos estados coreanos alegaram ser o único governo legítimo de toda a Coreia e nenhum deles aceitou a fronteira como permanente até hoje.

Forças militares norte-coreanas, conhecidas por Exército do Povo Coreano (KPA), cruzaram a fronteira e entraram na Coreia do Sul no dia 25 de Junho de 1950. O Conselho de Segurança das Nações Unidas denunciou o movimento norte-coreano como uma invasão e autorizou a formação do Comando das Nações Unidas e o envio de forças para a Coreia a fim de repeli-lo. A União Soviética boicotou a ONU por reconhecer Taiwan como parte da China Insular e a República Popular da China no continente não era reconhecida pela ONU. Então nenhum dos dois poderia apoiar a sua aliada Coreia do Norte no Conselho de Segurança.

Na Reunião do Conselho de Segurança da ONU, 21 países das Nações Unidas contribuíram eventualmente para a força da ONU, com os EUA a fornecer cerca de 90% do pessoal militar. Após os primeiros dois meses de guerra, o Exército Sul-coreano (ROKA) e as forças norte-americanas enviadas às pressas para a Coreia estavam à beira da derrota, recuando para uma pequena área atrás de uma linha defensiva conhecida como Perímetro de Pusan. Em Setembro de 1950, uma contra-ofensiva anfíbia arriscada da ONU foi lançada em Incheon, cortando as tropas do KPA e as linhas de abastecimento na Coreia do Sul. Aqueles que escaparam do envolvimento e captura foram forçados a voltar para o norte.

As forças da ONU invadiram a Coreia do Norte em Outubro de 1950 e se moveram rapidamente em direcção ao rio Yalu, a fronteira com a China, mas no dia 19 de Outubro de 1950, as forças chinesas do Exército Voluntário do Povo (PVA) cruzaram o Yalu e entraram na guerra. A ONU recuou da Coreia do Norte após a Ofensiva da Primeira Fase e da Ofensiva da Segunda Fase. As forças chinesas estavam na Coreia do Sul no final de Dezembro de 1950. Nestas e nas batalhas subsequentes, Seul foi capturada quatro vezes e as forças progressistas foram empurradas de volta para posições ao redor do paralelo 38, perto de onde a guerra havia começado. Depois disso, a frente se estabilizou e os últimos dois anos foram uma guerra de desgaste.

A guerra no ar, no entanto, nunca foi um impasse. A Coreia do Norte foi alvo de uma campanha massiva de bombardeamentos dos EUA. Caças a jacto se envolveram em combates ar-ar pela primeira vez na história e os pilotos soviéticos voaram secretamente em defesa dos seus aliados progressistas. A luta terminou no dia 27 de Julho de 1953, quando o Acordo de Armistício coreano foi assinado. O acordo criou a Zona Desmilitarizada Coreana (DMZ) para separar as Coreias do Norte e do Sul, e permitiu o retorno dos prisioneiros. 

No entanto, nenhum tratado de paz foi assinado e as duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra, envolvidas num conflito congelado. Em Abril de 2018, os líderes da Coreia do Norte e do Sul se reuniram na DMZ e concordaram em trabalhar para um tratado para encerrar formalmente a Guerra da Coreia, um dos conflitos mais destrutivos da era moderna, com aproximadamente 3 milhões de mortes de guerra e um número de mortes de civis proporcionalmente maior do que a Segunda Guerra Mundial ou a Guerra do Vietnam. Incorreu na destruição de praticamente todas as principais cidades da Coreia, milhares de massacres de ambos os lados, incluindo o assassinato em massa de dezenas de milhares de suspeitos comunistas pelo governo sul-coreano e a tortura e fome de prisioneiros de guerra pelos norte-coreanos.

A Coreia do Norte tornou-se num dos países mais bombardeados da história. Além disso, estima-se que vários milhões de norte-coreanos tenham fugido da Coreia do Norte ao longo da guerra. 

Estes cinco exemplos de guerras juntam-se a milhares de guerras por procuração sem fim em África que viabilizam saques dos seus imensos recursos naturais. Pois, afinal quem colonizou e escravizou os africanos por mais de 500 anos foram os actuais membros da NATO como França, Alemanha, Bélgica, Itália entre outros, os mesmos que assassinaram Thomas Sankara no Borkina Faso, que assassinaram Patrice Lumunba e Laurent Désiré Kabila no Congo, que apoiaram os presidentes ditadores no poder em África desde 1960, os mesmo que são os responsáveis ​​pelas actuais guerras na República Democrática do Congo, Mali, Moçambique, etc., para pilhagem de riquezas.

Os EUA e a sua NATO, a carnificina e canibal força bruta do Ocidente, que integra a França, Alemanha, Bélgica e companhia…, além de destruírem países e matarem milhares de pessoas, são patrocinadores de golpes de Estado em África e no mundo. Pois, quando se cava bem fundo tudo o que são guerras em África e no mundo, sempre se vê os EUA, a NATO, a França, Bélgica, Alemanha, etc., os mesmos que mataram Muammar Kadafi por causa do petróleo da Líbia.

Enfim, são os mesmos que financiam o terrorismo no mundo, que bombardearam a Costa do Marfim no tempo de Laurent Bagbo, Presidente legítimo eleito democraticamente, mas preso por 10 anos e levado ao Tribunal Penal Internacional (TPI), acusado por crimes de guerras por aqueles criminosos internacionais de guerra, mas que se recusam a sujeitarem-se ao TPI. São esses mesmos que hoje querem fazer a Rússia parecer um país problemático neste mundo, só porque o seu Presidente, Vladimir Putin, não quer que os EUA e a NATO, mais os seus aliados como a França, Bélgica, Alemanha, etc., possam aproximar-se das suas fronteiras e colocar bases militares e armas de destruição em massa na Ucrânia.

Os EUA, a NATO e os seus aliados ocidentais cobiçam a Ucrânia pela sua localização há poucos quilómetros de Moscovo, a capital da Rússia, para a sitiarem com armas estratégicas que constituem uma grave ameaça à segurança da Rússia. Esta é a razão do actual conflito na Ucrânia. Não é cultura e tradição da Rússia invadir um país soberano, mas são sim tradição e cultura dos EUA, da NATO e dos seus parceiros ocidentais invadirem países soberanos para saquearem as suas riquezas. A Rússia nunca criou guerras em África, mas está a ajudar o Mali a enfrentar a França para que o país não seja destruído como a Líbia nos dias futuros.

Temos que ser sérios por um momento. Não faz sentido pretender convencer o mundo que Vladimir Putin é um ditador ou um demónio. Ele nunca travou uma guerra em África, nem apoiou um presidente ditador no poder, nem matou um presidente no poder como os EUA, a NATO e os seus parceiros ocidentais sempre o fizeram. Lembrem-se de quem bombardeou a Líbia e matou Muammar Gaddafi, Thomas Sankara, Patrice Lumunba, Laurent Désiré Kabila, etc.

Vladimir Putin apenas está a defender os interesses do seu país contra os EUA, a NATO e os seus aliados ocidentais. Por isso, o mundo deve estar orgulhoso de Vladimir Putin, que conseguiu libertar este planeta, este mundo inteiro das garras demoníacas do Ocidente. Tudo tem um começo e um fim. É hora de restaurar o equilíbrio político neste mundo.

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