MAIS DE USD9 MIL MILHÕES SERÃO GASTOS EM DESPESAS DE CAPITAL (CAPEX) EM MOÇAMBIQUE NOS PRÓXIMOS TRÊS ANOS
RM Kuyeri, 08 de Marços de 2018

O site de notícias financeiras do continente africano , na sua edição de 07 de Março de 2018, refere que mais de USD9 mil milhões serão gastos em despesas de capital (Capital Expenditure – capex) na Bacia do Rovuma, a norte de Moçambique, nos próximos três anos, em projectos de exploração de gás natural e pertóleo.

De acordo com , a GlobalData espera que uma despesa média de capital (capex), na ordem de USD3 mil milhões por ano, seja gasta em oito campos de petróleo e gás em Moçambique, a ser realizada entre 2018 e 2020. As despesas de capital nos projectos de petróleo e gás em Moçambique poderão totalizar USD9.1 mil milhões durante os três anos, correspondentes ao período que vai de 2018 até ao final de 2020.

Os projectos de exploração de gás e petróleo em águas mais profundas na Bacia do Rovuma, costa oriental da Província de Cabo Delgado em Moçambique, serão responsáveis ​​por mais de 65% do investimento à montante, ou seja, USD6.2 mil milhões até 2020, por um lado. Por outro, os projectos em águas profundas representarão 25% do investimento norte-americano, estimado em USD2.3 mil milhões até 2020, enquanto os projectos em terra exigirão apenas USD600 milhões em capex no mesmo período.


A GlobalData é citada por a referir que espera que as empresas italiana Eni e a norte-americana Exxon Mobil gastem o máximo de capital em Moçambique, investindo cada uma delas cerca de USD1.4 mil milhões nos projectos daquela bacia até 2020, enquanto a China National Petroleum Corporation, que ocupa o terceiro lugar, realizará investimentos na ordem de USD1.1 mil milhões em projectos de gás e petróleo em Moçambique entre 2018 e 2020.

As dez principais empresas envolvidas nos projectos de pertóleo e gás na Bacia do Rovuma para o período 2018 – 2020, incluem a Coral South Project, um campo já delimitado para a exploração de gás convencional em águas muito profundas, implicará investimentos de capital na ordem de USD4.3 mil milhões a serem gastos entre 2018 e 2020. A Eni East Africa é o operador adjudicado a explorar este campo, enquanto o Complexo Golfinho-Atum, um campo de gás convencional em águas profundas da Bacia do Rovuma, vai envolver um capex na ordem de USD2.3 mil milhões e a empresa Anadarko Mozambique Area 1, Limitada é o operador desta área.

O gás de ambos os projectos, isto é,  Coral South Project e Complexo Golfinho-Atum, será comercializado como gás natural liquefeito (LNG).

A GlobalData refere ainda que o valor médio restante do investimento por tonelada de petróleo equivalente (capex/boe) para projectos de Moçambique está estimado em cerca de USD6 mil milhões, enquanto os projectos de águas profundas teve o maior capital investido no ano passado na ordem de USD6.80 mil milhões, seguido dos projectos em terra e águas mais profundas na ordem de US5.90 e USD5.80 mil milhões, respectivamente.

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