DISCURSO DE BOTHA
In The Sunday Times,
18 de Agosto de 1985
(Nota introdutória de R.M. Kuyeri, 05.05.2017)

O discurso que se segue foi proferido pelo antigo Presidente sul-africano P.W. Botha a membros do seu Governo e foi publicado por David G. Mailu, na sua versão original traduzida do Afrikaans para o inglês, no Jornal sul-africano The Sunday Times, na sua edição de 18 de Agosto de 1985.

Muito recentemente, o actual Presidente dos EUA se revelou correligionário de P.W. Bota em relação ao desprezo que os brancos sempre dispensaram aos pretos, desde o esclavagismo, onde os pretos não passavam de mera mercadoria para a acumulação primitiva capitalista que desenvolveu a Europa e os EUA.

O carácter racista de Donald Trump foi bem distinto nos seus discursos durante a sua campanha eleitoral, ao referir que os pretos são uns preguiçosos que não gostam de trabalhar, senão apenas fazer sexo. Ele próprio se esqueceu de que é um sexo-maníaco viciado e crónico que despreza as mulheres. Para depois defender que os africanos deveriam ser re-colonizados, como se o colonialismo fosse uma dádiva de Deus.

Donald Trump tem tanto nojo pelos pretos, que fez questão de viajar a Itália para se vingar, da forma mais reles, do seu antecessor Barack Obama, pelo simples facto de ser negro.

Chegado a Roma, Donald Trump fez questão de pagar o quarto do hotel onde Barack Obama se hospedou com sua esposa, não para o usar, mas para contratar prostitutas, a quem pagou avultadas somas em dinheiro, para simplesmente fazerem xixi naquela cama.

Como se não bastasse, após ter sido declarada a sua vitória contra Hillary Clinton, Donald Trump ousou abolir, sem sucesso, o sistema de saúde de iniciativa de Barack Obama, ou seja o Obama Care, que beneficia a milhares de norte-americano, simplesmente porque é um programa concebido por um negro. Do que diferem estes homens dos autores do holocausto humanitário nazi!

Ainda esta semana está a correr nas redes sociais uma polémica racial de uma propaganda chinesa sobre um detergente de máquina de lavar roupa. Uma chinesa seduz um pretinho que avança para ela com olhos fechados para a beijar. No lugar do beijo, ela faz-lhe ingerir uma bolinha de detergente para máquina de lavar a roupa.

O pretinho, bem escurinho e cabelo encarapinhado, engole a bola de detergente e é metido na máquina de lavar a roupa. Passados alguns minutos, a máquina e o detergente mudam a raça do mísero apaixonado pretinho que sai um autêntico chinês bem clarinho, perante o sorriso da chinesa.
 
Contente da proeza do seu prodigioso detergente de lavar a roupa que consegue lavar a raça dos pretos, a chinesa festeja em grande estilo e anuncia a marca do detergente.

Infelizmente, a nossa concidadã, Dona Maria Alice Mabota, a velocista dos 200km/h no seu Mercedes Benz quando os agentes da Polícia de Trânsito não estão por perto, é apologista de tipo de racismo hediondo e se declara fã de Donald Trump e, por essa via, igualmente apologista do discurso de Peter Willem Bota que se segue, no seu desdém contra os pretos.

Vejam que raça de gente é esta, bem espelhada neste discurso de Peter Willem Bota, o percursor que testemunhou o fim do regime de Apartheid na África do Sul:

"Pretória foi erguida pela mente branca para o homem branco. Não somos obrigados a provar a qualquer um, nem mesmo aos pretos, que nós somos um povo superior. Já demonstramos de mil e uma maneiras. A República da África do Sul, que nós hoje conhecemos, não foi criada apenas de sonhos. Nós criamo-la à custa da inteligência, do suor e de sangue.

Foram os Afrikaners que tentaram eliminar os aborígenes australianos? São os Afrikaners que discriminam aos pretos e os chamam Niggers nos Estados Unidos? Foram os Afrikaners que começaram o comércio do escravo? Onde o homem preto é apreciado? Inglaterra discrimina os seus pretos com a sua lei de "Sus" que está para disciplinar os pretos. Canadá, França, Rússia e Japão também discriminam os pretos.

Por que tanto barulho pela nossa causa? Por que nos condenam a nós? Eu estou tentando simplesmente provar a todos que não há nada incomum no que estamos a fazer, que seja diferente do que o mundo chamado civilizado está fazendo.

Nós somos simplesmente um povo honesto, com uma filosofia clara de como nós queremos viver a nossa própria vida branca. Nós não fingimos que gostamos de pretos como outros brancos o fazem.

O facto de os negros parecerem como seres humanos e agir como seres humanos não lhes faz necessariamente seres humanos sensíveis. O porco não é porco-espinho e o lagarto não é crocodilo, simplesmente porque são idênticos. Se Deus nos quisesse iguais aos pretos, criava-nos a todos de uma única cor e de um intelecto uniforme. Mas criou-nos diferentemente: Brancos, pretos, amarelos, governantes e governados.
 
Intelectualmente, nós somos superiores aos pretos. Isso foi provado para além de toda a dúvida razoável ao longo dos anos. Eu acredito que o Afrikaner é honesto, pessoa temente a Deus, que demonstrou praticamente a melhor forma de estar. Não obstante, é confortável saber que nos bastidores, a Europa, América, Canadá, Austrália e todos os outros dizem através de nós o que pensam.

Para relações diplomáticas, nós todos sabemos quando a língua deve ser usada, como e onde. Só para provar o meu ponto de vista, camaradas, quem de vocês conhece um país branco que não tenha um investimento ou um interesse na África do Sul? Quem compra o nosso ouro? Quem compra os nossos diamantes? Quem negoceia connosco? Quem nos está a ajudar a desenvolver outra arma nuclear?

A maior verdade é que nós somos o seu povo e eles são o nosso povo. É um segredo grande. A força da nossa economia é suportada pela América, Grã-Bretanha, Alemanha, etc. É nossa forte convicção, consequentemente, que o preto é uma mera matéria-prima para o homem branco.

Assim, meus irmãos e minhas irmãs, juntemos as nossas mãos e lutemos contra este diabo preto. Eu apelo a todos os Afrikaners a saírem com meios criativos de travar esta guerra. Certamente Deus não pode condenar o seu próprio povo, que somos nós.

Por agora cada um de nós tem visto praticamente que os pretos não podem se governar. Dê-lhes armas que eles vão se matar uns aos outros. São bons em nada mais do que fazer barulho, dançar, casar muitas esposas e espojarem-se no sexo.

Vamos todos aceitar que o homem preto é o símbolo da pobreza, da mente inferior, do perder e da incompetência emocional. Não é plausível? Consequentemente que o homem branco é criado para governar o homem preto?

Vamos só pensar no que aconteceria se um dia vocês acordassem com um "Kaffir" sentado no trono! Podem imaginar o que aconteceria às nossas mulheres? Qualquer um de vocês acredita que os pretos podem governar este país?

Daí que nós temos todas as boas razões para deixar todos os Mandelas, seus adeptos e seguidores, na prisão. Eu penso que nos deviam elogiar por mantê-los vivos, apesar de já possuirmos nas mãos meios para acabar com eles.

Desejo anunciar aqui um conjunto de novas estratégias que devem ser postas em prática para eliminar este "erro" chamado preto. Devemos, a partir de agora, usar armas químicas.

Prioridade número um: não devemos permitir mais o aumento da população negra, para que não nos arrependamos mais tarde. Tenho a notícia emocionante dos nossos cientistas que desenvolveram um novo material e eficiente. Estou a mandar mais investigadores ao terreno para identificar quantas áreas e locais mais possíveis onde as nossas armas químicas poderiam ser usadas para combater o aumento desta população. O hospital, por exemplo, é uma boa abertura estratégica e deve ser totalmente utilizado. A rede da fonte de alimento deve ser usada. Nós temos desenvolvido bons venenos que matam lentamente e excelentes destruidores da fertilidade dos pretos.

O nosso medo é somente um: caso esse material voltar-se contra nós! Nas mãos dos pretos, estes podem começar a usar contra nós. É só parar e pensar quantos pretos trabalham para nós, mesmo nas nossas próprias casas. Contudo, nós estamos a fazer de tudo para nos certificarmos de que o material permaneça estritamente nas nossas mãos.

Segunda prioridade: é preciso explorar a vulnerabilidade da maioria de pretos ao dinheiro. Eu reservei um fundo especial para explorar esta faceta. O velho truque de dividir para reinar é ainda muito válido hoje. Os nossos peritos devem trabalhar dia e noite para fazer o homem preto trair os seus mentores. O seu sentido moral inferior pode ser explorado. E está aqui uma criatura com falta de carácter. Há uma necessidade de nós os combatermos, a longo prazo, para que não possa suspeitar.

O preto médio não planeia a sua vida para além de um ano: esse facto, por exemplo, deve ser explorado. O meu departamento especial está a trabalhar contra o tempo num projecto de operação a longo prazo. Estou a fazer também um pedido especial a todas as mães Afrikaners para redobrarem a sua taxa de natalidade. Pode ser necessário que desenvolvamos uma indústria de crescimento da população branca, criando centros onde nós empregamos e suportamos homens novos e as mulheres inteiramente brancas para produzir crianças para a nação. Nós estamos investigando também o mérito de aluguer de úteros como meios possíveis de acelerar o crescimento da nossa população.

Por um tempo, nós devemos também activar uma engrenagem muito sofisticada para nos certificarmo-nos de que os homens pretos estão separados das suas mulheres e multas medidas impostas às esposas pretas casadas que gerem crianças ilegítimas.

Eu tenho um comité a trabalhar em torno de um método melhor de incitar os pretos a lutarem uns contra os outros e de incentivar assassinatos entre si. Os casos de assassinato entre pretos devem merecer uma punição muito leve, a fim de os incentivar a matarem-se uns aos outros.
 
Os meus cientistas desenvolveram uma droga que pode ser usada para efectuar envenenamento e destruição lenta da fertilidade masculina e feminina dos pretos. Devemos trabalhar urgentemente com as fábricas de bebidas a fim de fabricarem bebidas especialmente para os pretos com aditivos que reduzam a sua fertilidade, de modo a possamos promover formas de redução da população negra. Não é uma guerra em que nós podemos usar a bomba atómica para destruir os pretos. Assim sendo, nós devemos usar a nossa inteligência para isso. O ataque de indivíduo a indivíduo pode ser muito mais eficaz.

Os registos mostram que o homem preto morre para ir para a cama com uma mulher branca. Está aqui uma oportunidade original de acabar com esta diabólica raça. O nosso esquadrão de Mercenários do Sexo deve sair camuflados para se infiltrar no seio dos combatentes que lutam contra o Apartheid para tornar as suas operações em fracasso. Para isso devemos administrar silenciosamente venenos de destruição lenta da fertilidade dos pretos.

Nós já estamos a modificar os esquadrões de Mercenários do Sexo introduzindo os homens brancos que devem ir procurar mulheres pretas, especialmente militantes do ANC, e todas outras mulheres pretas vulneráveis. Nós recebemos uma remessa nova de prostitutas da Europa e da América que estão desesperados e demasiado desejosas de aceitar a missão de se envolverem com esta peste de pretos e propagarem o nosso veneno de infertilidade nos pretos.

O meu último apelo é que as operações de maternidade nos hospitais devem intensificar-se. Nós não estamos pagando aquelas pessoas para ajudarem a trazer bebés pretos para este mundo, mas sim para eliminá-los no momento do seu nascimento. Se este departamento trabalhasse muito eficientemente, muito poderíamos conseguir bons êxitos.

O meu Governo reservou um fundo especial para erguer hospitais e clínicas secretas para promover este programa de infertilidade dos pretos. O dinheiro pode fazer qualquer coisa para nós. Enquanto nós o tivermos, devemos fazer o melhor uso dele.

Entretanto, meus adoráveis concidadãos brancos, não levem a peito o que o mundo diz, e não se envergonhem de ser chamados racistas. Eu não me chateio por ser chamado de arquitecto e rei do Apartheid. Eu não me transformarei num macaco, simplesmente porque alguém me chamou de macaco. Eu continuarei a ser a vossa estrela brilhante... Sua Excelência Botha."

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