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GENOCÍDIO EM CHITMA

Ontem, sábado, dia 10 de Janeiro de 2015, deu-se um facto que vai entrar nos anais da história dos hecatombes na Província de Tete.

O caso não é para menos. Até ao fim do dia de ontem, falava-se de 35 mortos e na manhã de já eram 45 pessoas que perderam a vida na sequência de envenenamento em Chitima, Distrito de Cahora Bassa, aqui na Província de Tete.

Diz-se que alguém, ora não identificado, introduzira-se na residência de uma senhora que havia produzido quantidade de pombe para a venda. Acontece que na vizinhança ocorrera um falecimento na manhã de ontem e a senhora decidiu ir prestar pêsames à família vizinha malograda. O intruso teria aproveitado a ocasião para atirar dois frascos com veneno no tambor onde havia pombe.

Num gesto de solidariedade, aquela senhora decidiu oferecer a bebida para o velório. Todos os que consumiram aquela bebida ficaram envenenadas incluindo todo o agregado de quatro membros da família que produzira aquela bebida. Os quatro morreram no local juntamente com outras pessoas totalizando duas dezenas. A outras pessoas foram morrendo a caminho do Hospital Rural de Songo a busca de socorro médico, outros ainda lá no hospital quando procuravam tratamento.

Até ao fim do dia de ontem o número subira para três dezenas e até as 6:00 horas de hoje domingo, dia 11 de Janeiro de 2015, o número de mortos já rondavas as quatro dezenas e meia. Agora, já passam das 17:00 horas, fala-se de mortos rondam acima de meia centena. O Hospital Rural de Songo está abarrotado de doentes e cadáveres. Os médico não vêm meios de como salvar a centena de gente envenenada cujo veneno não tem antídoto. Os médicos estão desesperados e temem que todos os pacientes acabarão perdendo a vida.

As primeiras quatro dezenas de mortos já foram entregues às respectivas famílias para cerimónias fúnebres em urnas disponibilizadas pelo Governo Distrital e pela empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).

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